Pontos nos "i"s
Ledo engano!
Só mais uma, como posso expressar sem ser azeda? Bem, enfim, apesar da diferença de opinião e de filosofia de vida, existe uma longínqua diferença de conhecimento entre mim e a Gabi (vamos chamá-la de Gabi).
Gabi não sabe NADA de modelos assistenciais, Gabi não sabe NADA de saúde, Gabi não sabe NADA de política e ainda, Gabi não sabe NADA de gente.
Para que possam escrever segue abaixo o comentário da Gabi:
"Minha cara, vc somente está repetindo o modelo cubano de saúde pública, que diga-se, é uma porcaria, mas é claro, falsamente "propagandeada" como a melhor do mundo. É claro, para um país falido como Cuba, não existe outra solução, ou é a medicina familiar, ou é medicina nenhuma, vez que o estado cubano, e nem o seu povo, tem condições de investir em medicina especializada. É um bom modelo pra Cuba mas para o Brasil não serve. Acho louvável a sua vocação em ajudar os mais necessitados, e realmente acredito que o modelo da medicina familiar aproxima mais o médico do cidadão. Mas quantos médicos precisaríamos, milhares com certeza. Vc se sujeitaria a receber o salário de 50 dólares por mês que o estado cubano paga aos seu médicos? Assim, nota-se que a conta não fecha, pois, não teríamos condições de remunerar com um salário digno os milhares de médicos a que esse modelo se propõe - somente Cuba o consegue por se tratar de uma ilha-prisão. Portanto, cara aluna de medicina, não perca tempo, e dinheiro do contribuinte, reverberando propaganda comunista. Estude bastante, seja uma médica competente, - não tenho dúvidas disso -, somente assim um dia você poderá retribuir o dinheiro que o estado brasileiro investiu em você. Sucesso p/ vc."
Vamos começar do começo, como diria minha mãe.
O modelo assistencial de atenção primária BRASILEIRO é a Saúde da Família. Nesse modelo, ocorre a preconização de uma equipe de saúde da família para cada 4 mil habitantes. Não acho que sejam tantos médicos por habitante assim, acho, inclusive que é bastante habitante para cada médico.
Por sinal, a INGLATERRA e o CANADÁ utilizam-se de modelos assistenciais semelhantes ao brasileiro, ou seja, também fazem uso de atenção primária (primary heath care) lá, não acho, Gabi, que seja um modelo assistencial para pobres. Até porque o PIB desses países não me parece nada, nada com um PIB africano, por exemplo. Obviamente que eles possuem população pobre, no entanto, fique sabendo, Gabi, que a atenção primária na Europa é o modelo de atenção preferido pelas classes média e alta! Quem diria?! A medicina falida de Cuba é pop entre os adinheirados!
Cuba é um país em crise, os médicos estão ganhando salários muito ruins, realmente.... No entanto, TODOS em Cuba, estão ganhando muito mal. No entanto, ser ou não ser comunista não tem nada a ver com atenção primária... Gabi...
Ai ai... É complicado ter de ler tantas bobagens de alguém que jura que arrogância é sinonimo de astúcia!
Não faço medicina pelo dinheiro, se quisesse dinheiro faria algo voltado ao sistema capitalista. Apesar disso foi contra a corrente e fiz medicina. Também não visto uma camisa rasgada e um chinelo de dedos e me acho uma pé rapada feliz, não é isso. Acredito que os profissionais deveriam receber salários justos pelos seus serviços! No entanto, em outros países além de Cuba, essa não é a realidade. As pessoas recebem menos que merecem, é uma verdade universal.
Não pense caro leitor, e Gabi você também!, que a medicina especializada vai ser a solução dos nossos problemas! Acredite! Enquanto nossa atenção secundária e terciária estiver abarrotada de pessoas com dor de barriga e dor de garganta, em vez de atender os politraumatizados e cânceres ressecáveis, não teremos tempo hábil de atender o que realmente temos de atender.
Como diria o sábio - cada um no seu quadrado (risos)- e o que está acontecendo é que pensasse que é a medicina hospitalar que faz falta, mas a grande verdade (estatisticamente comprovada) é que os brasileiros - e a população do mundo em geral - morre muito mais de doenças crônicas e longitudinalmente preveníveis do que de afecções agudas de atendimento imediato!
As doenças que o "médico do postinho" trata, são as doenças mais "graves" e mais letais, ou seja, enquanto a atenção primária estiver defasada estaremos deixando o brasileiro morrer na "porta do hospital"...
Na minha opinião, Gabi, a maior doença crônico degenerativa do homem é a que você tem - a covardia de aceitar o novo, o diferente. E, para piorar o seu prognóstico ( e o de vários outros que pensam como você - é que você ainda possui comorbidade sérias, como: arrogância, falso moralismo, falsa inteligência e síndrome de "rei na barriga".
Cuidado Gabi! Cuidado!