Escolhas
Hoje eu estava numa cafeteria deliciosa nas redondezas de Florianópolis aproveitando o clima de chuva e o ventinho gelado que resolveu aparecer no finalzinho de fevereiro, na companhia de ótimos amigos conversando, contando as novidades e matando as saudades. A garçonete veio fazer nosso pedido tão logo chegamos na mesa, mas o pessoal nem sabia ainda o que ia beber; eu já sabia, mas acabei segurando o impulso de fazer meu pedido para fazê-lo junto com os demais.
O pessoal folheou bastante o cardápio, olhando cada foto ilustrativa, lendo os componentes de cada café. Eu, no entanto, já sabia exatamente o que ia beber - café escocês. Quando combinamos a saída, eu já vinha pensando no que ia pedir. Comigo, é sempre assim; eu me preparo para tudo, sempre tenho as respostas na ponta da língua, não consigo e não gosto de ser pega deesprevinida; é tão melhor estar pronta pra tudo!
...
Voltando, acabei de ser chamada no meu plantão, mas agora posso voltar a escrever. Estão todos bem e esperando resultados laboratoriais.
...
Gosteira de poder ser assim tão decidida na escolha da minha especialização.
Gosto tanto de medicina que acho um desperdício ter que escolher uma só especialidade! Pensei, primeiramente em Saúde da Família (como todos que leem já devem ter percebido); no entanto acho que ficaria com saudades de vir atender emergências hospitalares, e acompanhar as internações nas enfermarias clínicas, foi então qu me veio uma velha idéia de faze clínica médice e cardiologia, assim poderia ter acesso ao hospital, às enfermarias e ambulatorios, no entanto perderia a oportunidade de acompanhar as famílias e comunidades nas unidades locais de saúde (postos de saúde, como são popularmente conhecidos/ função do médico de família e suas equipes multiprofissionais).
Pensei ainda que eu adoro alguns procedimentos cirúrgicos, toda aquela emoção do centro cirúrgico, o corre corre, o sangue correndo nas veias acelerado! Poxa, mas não posso ser cirurgião, clínica, cardio e médica da família!
Preciso decidir.
Sempre ouço a frase: A vida é feita de escolhas.
Dessa vez adoraria não precisar escolher! Escolhe ser médica, e amo de todo meu coração essa profissão! Amo meus apcientes, gosto de ver a alegria nos seus olhinhos quando posso ajudá-los, quando trago boas notícias. Sempre me emociono e vivo junto a emoção de um parto e de uma grande perda, não acredito que a contra-transferência e a transferência (esses termos definem a transferência, por assim dizer, dos sentimentos do médico e do paciente; ou seja, todo ser humano, quando inetrage, causa uma impressão no outro. Seja de compaixão, ódio, amor, pena. Não acredito que seja possível se isentar dessa partilha, ninguém seria insensível o suficiente para isso, creio eu...) sejam maléficas na relação médico paciente. Não acredito que ser insensível e não sentir nada com a dor do outro seja necessário para ser um bom profissional. Obviamente é preciso que o médico mantenha a calma, saiba agir rapidamente e de maneira precisa; mas sofrer ou sorrir, são inerentes do ser humano.
Coninuo com a minha dúvida, faltam 4 meses para a formatura, e no fim do ano começam as provas de residência (especialização médica)! E agora?
Paciência.
O pessoal folheou bastante o cardápio, olhando cada foto ilustrativa, lendo os componentes de cada café. Eu, no entanto, já sabia exatamente o que ia beber - café escocês. Quando combinamos a saída, eu já vinha pensando no que ia pedir. Comigo, é sempre assim; eu me preparo para tudo, sempre tenho as respostas na ponta da língua, não consigo e não gosto de ser pega deesprevinida; é tão melhor estar pronta pra tudo!
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Voltando, acabei de ser chamada no meu plantão, mas agora posso voltar a escrever. Estão todos bem e esperando resultados laboratoriais.
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Gosteira de poder ser assim tão decidida na escolha da minha especialização.
Gosto tanto de medicina que acho um desperdício ter que escolher uma só especialidade! Pensei, primeiramente em Saúde da Família (como todos que leem já devem ter percebido); no entanto acho que ficaria com saudades de vir atender emergências hospitalares, e acompanhar as internações nas enfermarias clínicas, foi então qu me veio uma velha idéia de faze clínica médice e cardiologia, assim poderia ter acesso ao hospital, às enfermarias e ambulatorios, no entanto perderia a oportunidade de acompanhar as famílias e comunidades nas unidades locais de saúde (postos de saúde, como são popularmente conhecidos/ função do médico de família e suas equipes multiprofissionais).
Pensei ainda que eu adoro alguns procedimentos cirúrgicos, toda aquela emoção do centro cirúrgico, o corre corre, o sangue correndo nas veias acelerado! Poxa, mas não posso ser cirurgião, clínica, cardio e médica da família!
Preciso decidir.
Sempre ouço a frase: A vida é feita de escolhas.
Dessa vez adoraria não precisar escolher! Escolhe ser médica, e amo de todo meu coração essa profissão! Amo meus apcientes, gosto de ver a alegria nos seus olhinhos quando posso ajudá-los, quando trago boas notícias. Sempre me emociono e vivo junto a emoção de um parto e de uma grande perda, não acredito que a contra-transferência e a transferência (esses termos definem a transferência, por assim dizer, dos sentimentos do médico e do paciente; ou seja, todo ser humano, quando inetrage, causa uma impressão no outro. Seja de compaixão, ódio, amor, pena. Não acredito que seja possível se isentar dessa partilha, ninguém seria insensível o suficiente para isso, creio eu...) sejam maléficas na relação médico paciente. Não acredito que ser insensível e não sentir nada com a dor do outro seja necessário para ser um bom profissional. Obviamente é preciso que o médico mantenha a calma, saiba agir rapidamente e de maneira precisa; mas sofrer ou sorrir, são inerentes do ser humano.
Coninuo com a minha dúvida, faltam 4 meses para a formatura, e no fim do ano começam as provas de residência (especialização médica)! E agora?
Paciência.